O declínio e a estrutura
atual
Como temos visto, a
Igreja que começara exibindo grande poder espiritual, decaiu até uma posição de
formalismo morto. A Igreja foi roubada em sua herança espiritual em Cristo, e
“ninguém” disse: “restituiu”. O Clero da Idade Média era, em sua maioria,
corrupto e nada conhecia dos caminhos do Senhor. Essa condição era semelhante á
qual caíra o sacerdócio Levítico durante o período dos Juízes. Levantou-se uma
geração que não conhecia o Senhor, e foi levada por um sacerdócio que não temia
o Senhor, nem tinha respeito pelos Seus caminhos. (Ver I Samuel 3:1-13; 2:22).
Somos informados que a
palavra do Senhor era preciosa ou rara naquela época. Por causa daquela
situação, o povo em geral, não tinha visão ou entendimento do que Deus desejava
fazer (I Samuel 3:1). As perspectivas eram muito negras para o Povo de
Deus. O futuro parecia obscuro porque a luz da verdade de Deus estava apagando.
Mas, graças a Deus, havia um remanescente fiel de pessoas de oração que ainda
cria em Deus. Havia mulheres como Ana, que ainda esperava que Deus operasse no
meio de Seu povo. Eram pessoas como Ana, que eram constante em suas orações,
que preservavam a chama da verdade. Antes que a lâmpada da verdade se
extinguisse totalmente, o Senhor chamou um Jovem chamado Samuel (I Samuel
3:3-4). Aquilo foi o começo de um avivamento e uma restauração das coisas
de Deus, pois sabemos que Samuel foi um dos mais puros ministros do Velho
Testamento.
Foi precisamente o que
aconteceu com relação a Igreja. A idade escura deixou a Igreja em uma condição
em que o sacerdócio oficial não temia o Senhor, nem inquiria acerca dos Seus
caminhos. A igreja havias perdido o Espírito, e as grandes verdades da Palavra
de Deus já não eram experimentadas na vida do frequentador de Igreja médio. Mas
Deus é fiel. Ele nunca deixa a luz da Sua verdade se apagar completamente. Em
todas as gerações tem havido um remanescente fiel de crentes que não tem medo
de pedir uma visitação de Deus. Enquanto as orações subiam, antes da lâmpada da
verdade se apagar completamente, Deus chamou um homem, Martinho Lutero, e
o vale de ossos secos começou a adquirir vida (Ezequiel 37 / Jl 1:1-16).
Dados
da história da Igreja
30-100 d.C. - Desde o dia de Pentecostes até a morte de Jo,
a Igreja foi um instrumento poderoso para a extensão do reino de Deus. Desde a
morte do último dos doze apóstolos originais, não temos evidências de que esse
tipo de Ministério apostólico continuou.
130 d.C - Pelo Fato de Ministérios apostólicos não estarem
mais funcionando na Igreja Primitiva, o ministério paralelo do Profeta logo se
desvaneceu. Com a perda deste ministério, a doutrina da imposição das mãos
tornou-se nada mais do que um ritual. Por volta de 140 d.C, enunciações proféticas
de qualquer espécie na congregação local eram muito escassas.
150 d.C - Com essa falta de dependência do Espírito de Deus,
e uma verdadeira perseguição das manifestações bíblicas do Espírito, por parte
das Igrejas estabelecidas, não é surpreendente que a experiência bíblica do
batismo do Espírito e dos dons do Espírito não se evidenciassem mais por volta
de 150 AD. Grande parte da forma externa dessas bênçãos foi mantida, mas o povo
não tinha mais um encontro vivo com o Espírito.
160 d.C - Visto que os homens não demonstravam mais uma vida
controlada pelo Espírito, tornou-se impossível ter uma pluralidade de
presbíteros. Sem uma forte unidade do Espírito, a liderança múltipla começa
sofrer a tendência de os presbíteros se lançarem um contra o outro. Como
resultado, bispos monárquicos tornaram-se a norma por volta de 160 AD, e os
homens começaram a avaliar o Clero baseando-se na capacidade natural.
180 d.C - Se o homem não é capaz de esperar direção do
Espírito, precisa esperá-la de outros homens. Assim aconteceu com as Igrejas
locais menores, e estabelecidas mais recentemente, por volta de 180AD. Muitas
daquelas Igrejas menores se tornaram tão dependente das maiores, que perderam
sua autonomia de Igreja local. A essa época, muitas igrejas já estavam
esperando a direção da Igreja de Roma, e desta forma as primeiras sementes da
supremacia romana começaram a germinar.
200 d.C - A esta altura o Espírito tinha muito pouco
controle sobre a vida dos indivíduos. Muito pouco da verdade e da doutrina do
Corpo de Cristo tornava-se experiência real para os crentes. Começou a forma-se
uma brecha entre a doutrina e a experiência. A forma externa, em muitos casos,
conservou-se a mesma, porém a percepção espiritual do que se continha naquela forma
começava a se desvanecer. Foi mais ou menos nesta época que o batismo começou a
ser infiltrado de muitas maneiras. Em 185 AD temos o primeiro registro de
batismo de crianças, em cerca de 200 AD a maioria das Igrejas já não usavam o
Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, O SENHOR JESUS CRISTO, em conexão
com o batismo nas águas, como a Igreja primitiva fizera. Então, eles apenas
repetiam a ordem de Cristo. De fato deveria ser mais tarde, nesse século, que o
Papa Estevão declararia inválido o batismo em Nome do Senhor Jesus Cristo.
210 d.C - Visto que a distinção entre o clero e o Laicato se
tornou tão aguda nesta época, o conceito de sacerdócio de todos os crentes não
era entendido ou reconhecido. Portanto, o ministério do Corpo de Cristo (Ministério
do Corpo) não era entendido ou reconhecido. Por causa destas tendências, a
verdade logo foi alterada, para conformar-se com a experiência, e os ministros
ou clérigos tornaram-se os únicos designados como “sacerdotes”.
225 d.C - A Maioria das Igrejas, a essa altura, não estavam
recebendo direção e ensino direto do Espírito de Deus. Portanto, elas não
podiam mais confiar no Espírito para produzir e manter unidade na fé. A fim de
forçar e manter uma unidade externa, credos ou declarações de começam a ser
escritos como critério para recepção de membros na Igreja.
240 d.C - Pelo meio do século III, muito mundanismo se havia
insinuado na Igreja. Sem o poder do Espírito para levar o povo a uma vida de
separação, o padrão de santidade e vida santificada mantido pela Igreja
primitiva tornou-se uma vida irreal para muitos. Alguns reconhecem esse
problema, e fundaram nessa época os primeiros mosteiros. Isso iniciou um duplo
padrão de vida cristã. Havia o Cristão comum e o Asceta, que tentava alcançar
uma “vida mais profunda”.
300 d.C - Por causa do rigor desses grupos ascéticos,
desenvolveu-se uma ênfase exagerada nas obras como forma de mérito para a
vida eterna. Isto simplesmente lançou os alicerces do que iria acontecer
mais tarde no reinado de Constantino.
313 d.C - Constantino tornou-se governante do grande Império
Romano, e escolheu o cristianismo como a melhor das religiões. A essa época o
estado começou a exercer controle sobre os negócios da Igreja estabelecida, e
homens de pequena ou nula experiência religiosa, tornaram-se os instrumentos
para a moldagem da doutrina da Igreja. Até o resultado do Concílio de Nicéia
foi produto dos esforços de Constantino.
350 d.C - Em cerca de 350 AD, o Cristianismo se tornou a
religião oficial, e todos que não pertenciam á Igreja foram perseguidos. Como
era de se esperar, muitos pagãos preferiram ser chamados “cristãos” a enfrentar
a espada. A essa época, já não se enfatizava mais a experiência da salvação com
a doutrina da justificação pela fé e o novo nascimento para entrar no Reino de
Deus.
366 d.C – O imperador Valentiniano decreta a supremacia da
jurisdição eclesiástica de Roma.
380 d.C - Este movimento culminou, quando Teodósio fez de
Roma que já era capital do império, também a autoridade final em assuntos
eclesiásticos.
392 d.C - Teodósio foi ainda mais além, quando declarou fora
da lei a adoração pagã. Agora, incorria em pena de morte qualquer pessoa que
tivesse qualquer conexão religiosa diferente daquela com a Igreja Romana
estabelecida. Os considerados pagãos, tanto quanto os considerados
doutrinariamente hereges, eram perseguidos abertamente. Que mudança nos
acontecimentos; a Igreja que começou sendo perseguida pelo mundo (como Jesus
predissera), agora se tornava perseguidora dos pagãos. Esta não era mais a
Igreja que Cristo havia comissionado para pregar o Evangelho a toda criatura!
400 d.C - Por volta de 400 d.C, até o rito do batismo
(porque aquela altura, o batismo era nada mais do que isso) foi considerado
desnecessário e sem importância. Muitos se esqueciam dele até chegar ao leito
de morte, enquanto que outros jamais o experimentavam. Para uma Igreja composta
em sua maior parte de pagãos, o batismo tinha pequeno significado. Nesta mesma
época, no concílio de Toledo, dá-se ao bispo de Roma, pela
primeira vez, o título de Papa.
484 d.C - A pedra de arremate de todo esse sistema babilônico
se apresentou em 484 AD. Pelo fato de o imperador ter concedido isenção de
impostos ao clero, mas não estar disposto a perder grandes somas de renda
do estado, o sacerdócio e o Clero começou a ser recrutado das classes mais
pobres e menos instruídas do povo. Com este desenvolvimento, o sistema de
Jeroboão estava completo.
500 d.C – Começaram a ser toleradas as imagens dos
“santos” nas Igrejas. Por essa mesma época transforma-se em Purificação de
Maria a festa pagã das Lupercálias, na qual em Roma se realizava uma marcha de
archotes ao Palatino a fim de suplicar a colheita de frutas.
600 d.C – Gregório I compõe o ofício da missa, uniformiza o
culto nas Igrejas ocidentais e estabelece o uso universal da língua latina.
Com base em todas estas regulamentações, surgem os usos do incenso, das
relíquias dos santos, das velas e a oficialização das imagens através de
quadros e estátuas.
610 d.C – A obra de Gregório é consumada em 610 por Bonifácio
III, ao substituir no Panteom de Roma as divindades do paganismo pelos chamados
“santos”.
709 d.C – Começa o costume de beijar os pés do
Papa.
740 d.C – Gregório III recomenda a absolvição do penitente
após a confissão.
754 d.C – O concílio de Constantinopla
condena a adoração de imagens e a invocação da virgem e dos santos.
769 d.C – O concílio de Roma anatematiza o concílio de
Constantinopla e manda que se venerem as imagens.
884 d.C – Adriano III institui a canonização dos
santos.
1075 d.C – O papa Gregório VII ordena a todos os
bispos, prelados e demais clérigos que abandonem suas mulheres e filhos. Mais
tarde, o concílio lateranense confirma a lei do celibato para os
sacerdotes, decretado por Calixto II.
1227 d.C – Honório III faz modificações no culto,
ordenando a elevação e adoração da hóstia.
1229 d.C – No concílio de Toulosa, é decretada
a proibição da leitura da Bíblia pelos leigos.
1245 d.C – O concílio de Leão prescreve aos cardeais
o uso de capas escarlates e de chapéus encarnados a fim de que
demonstrem a sua disposição de verter o próprio sangue, se necessário, em favor
da Igreja.
1264 d.C – Urbano IV instituiu a festividade de Corpus
Cristi, fundamentando-se em revelação recebida por uma freira. Com isso
teve início a evolução da doutrina conhecida como Eucaristia.
1414 d.C – O concílio de Constança proíbe aos leigos
o cálice da santa ceia. Por isso o fiel católico romano passou a comungar numa
só espécie: a hóstia simulacro do pão.
1439 d.C – o concílio de Florença estabelece que são
sete os sacramentos da Igreja Romana. No mesmo ano, o concílio de Basiléia
declara que a doutrina da Imaculada Conceição de Maria é contrária á fé cristã.
A Igreja de Roma condena formalmente esse concílio.
1476 d.C – Por ordem do papa Sixto IV, é solenemente
festejada, pela primeira vez, a Imaculada Conceição de Maria. O mesmo papa, em
1478, teria autorizado a instituição da Santa Inquisição atendendo ao
conselho do arcebispo de Sevilha.
1515-1517 d.C – Por ordem de Leão X, é oficialmente
instituída a venda de indulgências, prática duramente condenada por
Lutero, o qual propicia a origem da Reforma Protestante.
1545 d.C – No concílio de Trento, pela primeira vez a Igreja Romana coloca a
Tradição em pé de igualdade com a Escritura Sagrada, e junta a esta os sete
livros apócrifos.
1854 d.C – Depois de ligeira pausa, em parte motivada
pelas fortes críticas protestantes, o papa Pio XI decreta o dogma da Imaculada
Conceição de Maria.
1870 d.C – O concílio do Vaticano aprova e decreta a doutrina da infalibilidade
papal. Segundo o decreto, o papa é infalível enquanto pastor e
doutor supremo da Igreja, pretendendo definir um ponto da doutrina ou da moral
cristã de modo ex-cathedra, ou seja, usando explicitamente sua
autoridade magistral no mais alto nível
Convém acrescentar ainda
a origem de pelo menos mais dois costume romanistas. O primeiro, denominado as
quatorze cenas da última paixão de Cristo nas igrejas (sobretudo, nas ruas)
tem origem no culto egípcio de Ísis, deusa correlata a Semíramis da Babilônia;
a segunda , conhecida como auréola dos santos, dos anjos e de Cristo, já
existia séculos antes de Cristo, na Índia, na Pérsia, no Egito e na Babilônia.
A Palavra de Deus (Bíblia) previu o aparecimento das “inovações” na Igreja
Cristã: Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos alguns
apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de
demônios (I Timóteo 4:1). Em Apocalipse, ao tratar da condenação da
falsa Igreja, Jesus fez essa solene admoestação: Sai dela, povo meu, para
que não sejas participantes dos seus pecados, para que não incorras nas suas
pragas; pois seus pecados se acumularam até o céu, e Deus se lembrou das iniquidades
dela (Apocalipse 18:4-5).
Processo de restauração
da Igreja.
Deus começou a restaurar
a Igreja, restituindo-lhes, em primeiro lugar, a verdade mais fundamental da
experiência cristã. Deus restaurou a verdade da justificação pela fé em Jesus
Cristo. Enquanto um homem não vem e bebe da fonte da salvação; todas as outras
conquistas não tem significado. O homem não regenerado não pode compreender as
coisas de Deus, nem conhece-las. Assim aconteceu no começo do século XVI; Deus
apontou um vaso para usar para Sua Glória. Este vaso foi Martinho Lutero.
Martinho Lutero era um
jovem muito culto que havia começado a receber cultura na área das leis.
Durante os seus estudos, ele foi perturbado, em seu espírito, por algumas
perguntas eternas, que ainda não haviam sido respondidas para ele. Ele era
membro da Igreja, mas faltava-lhe qualquer certeza da sua salvação pessoal.
Aquela profunda preocupação espiritual levou-o a abandonar a sua de Direito e
entrar em um mosteiro, onde ele esperava encontrar respostas para as suas
muitas interrogações.
Ao continuar o seu
estudo, Martinho Lutero ficou chocado após descobrir a sua condição indigna e
completamente pecaminosa. A fim de aplacar um Deus justo e sua consciência
perturbada ele jejuou, flagelou-se e fez todas as boas obras eu lhe foram
sugeridas. Nada do que ele fez trouxe paz para sua alma. Frustrado
sobremaneira, Lutero declarou que não podia amar um Deus que demandava tanto do
homem.
Ao continuar a lutar por
paz interior, Lutero foi encorajado a fazer uma peregrinação á “Roma, a cidade
eterna”, onde sua fé seria inspirada. Roma era o centro da religiosidade.
Oferecia muitos meios de indulgências para o pecador. Foi quando Lutero visitou
Roma, observou, ouviu e juntou-se ao povo que praticava atos retos, que ele
começou a questionar o valor de tais obras. Um dia, enquanto subia os degraus
da Catedral de São Pedro, repetindo o Pai Nosso em cada degrau, a fim de livrar
seu avô do Purgatório veio-lhe a pergunta: “Quem pode garantir se isto é
verdade?”. Neste ponto ele começou a observar criticamente muitas das tradições
da Igreja. Ficou especifica e especialmente chocado com o uso de indulgências
para libertar os homens da responsabilidade de ter vidas santas. Em 1517,
quando ele começou a clamar a Deus, Deus veio a seu encontro. Enquanto ele lia Romanos
1:16, 17, Deus, pelo Seu Espírito, veio e vivificou a palavra da verdade e
Lutero pela primeira vez viu que “o justo viverá pela fé”.
Lutero cria honestamente
que isso era tão simples e claro que, logo que ele repartisse o que havia
descoberto, a igreja o veria imediatamente e todos experimentariam a salvação
pessoal, como ele experimentara. Mas, não foi assim. Muitas pessoas receberam o
que Lutero ensinou, mas a Igreja Romana Oficial o condenou.
Lutero pregou contra
muitas das doutrinas que haviam causado a queda da Igreja. Ele ensinou que só
Cristo era o Mediador entre Deus e os homens. Ensinou que as indulgências nada
significavam para Deus e que os cristãos arrependidos podiam receber pleno
perdão, se aproximassem de Cristo com fé. Negou que o Papa e o Clero tivessem
qualquer poder sacerdotal sobrenatural e reafirmou a doutrina do sacerdócio de
todos os crentes. Negou que apenas o papa pudesse interpretar as escrituras e
declarou que qualquer verdadeiro crente podia esquadrinhar as escrituras (II
Timóteo 2:15; II Pedro 1:20). Ele foi a ponto de dizer que qualquer cristão
armado com a Bíblia era mais poderoso e tinha mais autoridade do que qualquer
um para com ela.
Quando a oposição se
levantou por toda parte contra Lutero e seus companheiros, muita coisa já fora
feita na área de definição doutrinária. A maior parte desta obra fora feita
para apresentar uma defesa escriturística da sua posição. Contudo, com o passar
do tempo, aquelas formulações se tornaram credos e uma nova Igreja nasceu.
Lutero jamais pretendera ou desejara separar a Igreja, porém, á medida que as
posições começaram a se radicalizar cada vez mais, uma separação foi
inevitável. O novo grupo tornou-se conhecido como Igreja Luterana.
Os seguidores de Lutero
reformaram todos os velhos credos e as declarações formais, baseando-se na nova
experiência que acabavam de ter. Estabeleceram as suas doutrinas em fórmulas
que se tornaram o teste da doutrina pura. Mas Deus não havia terminado de
restaurar a Sua Igreja. Não havia terminado de falar a ela.
Logo Deus falou de novo.
Deus disse: “Quem crer e for batizado será salvo”. Muitos dos luteranos
receberam alegremente esta verdade e avançaram á voz de Deus. Outros
verificaram e examinaram as suas declarações e credos, e neles não encontraram
lugar para aquela nova doutrina, assim recusaram-se a avançar. È claro que nos
seus credos não havia lugar para aquela experiência já que, ela estivera perdida
para Igreja durante mais de mil anos.
Esta, portanto, se
tornou a causa primeira das divisões na cristandade. Quando o homem elabora
credos, se fecha e deixa de fora qualquer possibilidade de Deus adicionar algo
á verdade que foi dada no passado. Que tragédia que quase todas Igrejas que
começaram despertadas pela voz de Deus na restauração, fechou-se para posterior
revelação, formulando credos exclusivos. Precisamos saber o que cremos e ser
capazes de formulá-lo. Mas não podemos permitir que os credos e declarações de
fé sobrepujem o que Deus está dizendo, á medida que Ele avança para restaurar a
Igreja verdades perdidas. Enquanto avançamos com Deus crescemos de glória em
glória.
O que
se seguiu à mensagem da justificação pela fé?
Apenas sete curtos anos
depois que Deus abrira os olhos de Martinho Lutero para a verdade da
justificação pela fé, Deus começou a revelar o passo seguinte da verdade para
alguns seguidores de Lutero. Quando homens como Hubmaier, Grebel e Manz
começaram a olhar para o Senhor, começaram a duvidar da validade do batismo
infantil. Se a salvação verdadeiramente provinha da fé, como é que crianças,
que não tinham profissão de fé, podiam receber o batismo? Não se passou muito
tempo para que esses homens transladassem a sua teoria para a prática e
reinstituíssem o batismo dos crentes por imersão. Cada vez mais cristãos viram
a verdade do batismo nas águas e os seguiram ás águas. Logo esses cristãos, que
eram proscritos em relação á sociedade religiosa daquela época, começaram a
formar as suas próprias igrejas e a se afastarem dos outros na sociedade.
Aquele grupo se tornou
conhecido como Anabatista ou “rebatizadores”. Um título mais apropriado seria
“Batista”, pois eles sentiam que haviam sido batizados adequadamente apenas uma
vez. Aquele grupo sofreu tremenda perseguição tanto dos Luteranos quanto dos
Católicos, por essa prática. Os Luteranos que estavam sendo perseguidos pelos
Católicos uniram forças contra os Anabatistas e com a desculpa de
ministrar-lhes o rito do batismo nas águas, os seguravam debaixo da água até
que morriam afogadas.
Que tragédia! O mesmo
justo que acabara de ouvir a Voz de Deus e havia reagido positivamente, agora
fechava os ouvidos para a coisa seguinte que Deus estava falando. Os líderes da
visitação de 1517 se tornaram os perseguidores da visitação subsequente, Deus
estava visitando o Seu povo com mais verdades, mas muitos não estavam abertos
para elas.
Em relação a doutrina do
batismo, havia quatro questões principais que se levantaram:
a) Agora se cria que o batismo devia ser
administrado adequadamente tão somente por imersão. Este é o único método
conhecido no Novo Testamento (Mateus 3:16; Atos 8:38; João 3:23).
b) O batismo devia ser experimentado apenas por
aqueles que haviam se arrependido e declarado a sua fé no Senhor Jesus Cristo (Atos
2:38; 8:37). Uma criancinha não pode arrepender-se; nem é capaz de crer de
todo coração.
c) O batismo era considerado como um ato de
obediência á palavra de Deus (Mateus 28:19; Romanos 6:16, 17; 5:19). Se
você realmente tem fé em Deus, fará o que Ele diz.
d) O batismo inclui o primeiro passo na
santificação. A água é um agente purificador na vida do crente (Atos 22:16) do
qual recebemos poder para nos levantar em novidade de vida (Romanos 6:3-5).
O que é que sabemos
acerca do passo seguinte de Deus para restaurar a Verdade?
Por um período de cerca
de duzentos anos, houve uma quietude estagnada no campo da restauração. Deus
operara, restaurando algumas verdades tremendamente importantes. Mas há muito
mais na experiência cristã do que salvação e batismo nas águas. Talvez tenha
levado duzentos anos para o homem compreender isto. Embora cada avivamento ou
visitação fosse caracterizado por uma ênfase em vida santa, verificamos que
quanto mais nos distanciamos do acontecimento, mais desregradas as vidas se
tornaram. Foi isto que aconteceu neste período de duzentos anos. Embora muitos
estivessem vivendo na experiência da salvação e do batismo nas águas,
encontravam certos problemas para viver uma vida de vitória sobre as
circunstâncias.
Á medida que mais e mais
pessoas perceberam esta discrepância entre a profissão de fé e a vida do
cristão médio, começaram a buscar a Deus, pedindo respostas. Começaram a sentir
fome e sede de justiça. Cada visitação é regada por oração. Quando homens se
decidem a buscar o Senhor, Deus começa a falar.
Por toda a Terra Deus
estava começando a dar ênfase à outra área da experiência cristã. Deus levantou
homens como Philipp Spener no fim do século XVII. Homens que começaram a pregar
que a vida cristã era mais do que ir regularmente á Igreja. Havia necessidade
de separação do mundo. Este movimento, na Alemanha, recebeu o nome de movimento
Pietista, que deveria lançar o alicerce de uma ênfase renovada e restaurada
sobre santidade.
Santidade era a mensagem
da hora, Deus estava tocando outra trombeta da verdade, revelando outra área em
que a Igreja precisava entrar. Ele usou muitos instrumentos para proclamar a
verdade: Frank Spener, Zinzendorf e Whitefield; todavia, o maior deles foi um
homem chamado João Wesley.
João Wesley que foi
fortemente influenciado pelos cristãos Morávios, experimentou a salvação pela
fé em 1738, enquanto lia alguns escritos de Lutero, comentando a carta aos
Romanos.
Enquanto estudava a
Bíblia, a palavra de Deus, ele chegou a conclusão de que a vida cristã era
muito mais do que ele experimentara. Ele viu uma tremenda falta de vida cristã,
de cristão vivendo uma vida diferente do estilo de vida do mundo. Ele via muito
pequeno contraste entre o reino da luz.
Quanto mais João Wesley
estudava a Palavra de Deus, mais reconhecia que Cristo havia não somente
providenciado um lugar para nós na eternidade, mas, antes de tudo Ele oferecia
uma vida nova e gloriosa no presente. Ele cria que sem santificação ninguém
verá o Senhor (Hebreus 12:14). E chegou à conclusão de que, se um
cristão esperasse no Senhor e buscasse a justiça poderia atingir alvos
dominantes e corretos. Poderia ter amor a Deus e ao seu próximo. Esta
realização, acreditava Wesley, libertaria a pessoa do pecado.
João Wesley começou a
pregar um novo zelo e renovada ênfase. As pessoas se haviam tornado
complacentes em seu cristianismo, aceitando uma vida de derrota. João Wesley
pregava que somos responsáveis pelo modo como vivemos. Se estamos em Cristo,
somo novas criaturas e temos a responsabilidade de viver como novas criaturas.
Wesley pregava talvez como nenhum homem jamais havia pregado. Pregava três
vezes ao dia para uma multidão que chegava a 20.000 pessoas. O poder de Deus
tão grande sobre ele, que milhares caíam ao chão quando a convicção de pecado
varria as multidões. Havia um chamado ao arrependimento, um chamado para uma
vida santa e de separação.
Muitos cristãos reagiram
positivamente a mensagem de santidade, mas muitos rejeitaram o que Deus estava
falando naqueles dias. Eles não reconheceram a oportunidade da sua visitação e
se tornaram perseguidores da verdade. Uma coisa trágica acontecera naqueles
duzentos anos silenciosos. As Igrejas haviam se fechado de tal forma mediante
as suas declarações doutrinárias exclusivas que quando Deus fez jorrar mais luz
sobre as verdades que a Igreja perdera, não havia na constituição, lugar para
elas.
Mas Deus ainda estava
operando e todos os que avançaram com o Senhor, experimentaram o crescimento.
Muitos cristãos experimentaram uma vida de vitória, entrando por aquela porta
da verdade recém restaurada. Começaram a aprender os princípios da oração e do
jejum. Aprenderam a buscar a Deus por direção para suas vidas. Aprenderam como
ter uma vida de separação para o evangelho. Aprenderam como se disciplinarem
para Cristo. Por causa desta disciplina e desta característica de serem
metódicos no estudo da Bíblia, na oração e na vida cristã, eles ficaram
conhecidos como Metodistas.
Que Verdades Deus
restaurou depois de Wesley?
Mesmo que o homem possa
tornar-se complacente e acomodar-se em uma verdade, Deus nunca o faz. Deus tem
um plano e Ele continua a avançar em direção ao alvo que Ele estabeleceu para o
homem. Cerca de cem anos depois que Wesley havia chamado o povo ao
arrependimento e separação, Deus operou de novo para restaurar mais da herança
perdida da Igreja. Pelo Seu espírito Ele despertou corações de homens como A.
J. Gordon, F. B. Meyer, Andrew Murray e R. A. Torrey. Ele também despertou um
ministro presbiteriano chamado Albert Benjamim Simpsom (1844-1919).
Simpsom fora chamado
para ser ministro em 1865 e havia ministrado por cerca de dez anos. No fim
desse período, ele experimentou uma profunda renovação da sua relação com o seu
salvador vivo. Ele experimentou o que chamou de “plenitude da benção de Cristo”
ou “santificação através da fé na provisão da expiação”. Seja qual tenha sido a
sua experiência, ela revolucionou sua vida cristã.
Com seu tremendo zelo
pelo Senhor, ele logo se assoberbou com o trabalho e a sua saúde arruinou-se
completamente. Foi durante este período que ele esquadrinhou as escrituras
acerca da natureza do homem, da natureza do pecado e da nossa posição como
crentes em Cristo. Ele encarou o homem como consistindo de uma natureza dupla,
sendo como um ser tanto material como espiritual. Ambas as naturezas foram
afetadas pelo pecado e pela queda. O seu corpo foi posto á doença e a sua alma
foi corrompida pelo pecado. Quanto mais ele estudava, mais cria que Deus fizera
uma provisão para nossa alma doente pelo pecado e para as doenças e
enfermidades de nosso corpo. Deus confirmou esta palavra a ele curando-o e
estendendo seu ministério por mais 35 anos. Deus estava restaurando a verdade
da Cura Divina.
Simpson pregou e
escreveu acerca do que Deus lhe havia mostrado. Ele teve tremendo sucesso em
campanhas de cura; fundou a Aliança Missionária Cristã; proclamou o que ele
chamou de “Evangelho Quádruplo”: Jesus Cristo como Salvador, Santificador,
Curador e Rei Vindouro. Os princípios seguintes foram tirados de seu livro “O
Evangelho da Cura”:
a) As causas da doença e do sofrimento podem ser
seguidas distintamente até a queda e ao estado pecaminoso do homem. Se a doença
fizesse parte da constituição natural das coisas, nós poderíamos enfrentá-la
inteiramente em termos naturais e através de métodos naturais.
b) Se a doença é resultado da queda, podemos
esperar que ela esteja incluída na provisão da Redenção.
c) Na vida de Cristo na Terra verificamos uma
visão completa do que deve ser o Cristianismo. E nas suas obras e palavras
podemos ter idéia do plano de redenção completo.
d) Mas a redenção encontra o seu centro na cruz
de nosso Senhor Jesus Cristo e devemos procurar os princípios fundamentais da
Cura Divina.
e) Mas há algo ainda mais alto que a Cruz. È a
ressurreição do nosso Senhor. Ali o Evangelho de cura encontra o alicerce mais
profundo de sua existência. A morte de Cristo destrói o pecado, a raiz da
doença, mas é a vida de Jesus que supre a fonte de saúde e vida para nossos
corpos redimidos.
f) Em Cristo precisa haver uma vida inteiramente
nova. Se alguém está em Cristo è uma nova criatura.
g) A redenção física que Cristo propicia não é
meramente a cura, mas também vida.
h) O grande agente que traz esta nova vida para
a nossa vida é o Espírito Santo. È por isso que muitas pessoas acham difícil
achar o Médico Divino. Elas não conhecem nada do Espírito Santo.
i)
Esta
nova vida precisa manifestar-se com todas as bênçãos da redenção de Cristo,
como a livre graça de Deus, sem obras e sem distinção de méritos ou respeito de
pessoas.
j)
A
simples condição para esta grande benção é a fé e não o que vemos. Como
aconteceu com Abraão, um ato de fé é requerido para apropriar o dom.
k) O evangelho da salvação não é um mandamento,
mas uma promessa. E não é o evangelho de cura de autoridade igual?
Os princípios de cura
podem ser encontrados por toda Bíblia. Sabemos que a Igreja Primitiva
funcionava neste campo, mas foi necessário que o Espírito vivificasse de novo
esta verdade para a Igreja, no fim do século XIX. Há muitas pessoas que
rejeitaram o que Deus deu a A. B. Simpson. Mas Simpson estava certo, pois o que
Deus lhe havia dado não era uma ideia sua, mas era um conceito, uma verdade
inteiramente baseada na Palavra de Deus. Um arcabouço escriturístico para a
verdade da cura pode incluir o seguinte.
Que aconteceu poucos
anos depois da descoberta de Simpsom?
Mais ou menos à época
Deus estava operando de maneira poderosa através de toda terra. Cristãos
Sinceros, por toda parte, estavam orando jejuando o buscando a Deus, pedindo
uma nova visitação. Em 1905, irrompeu um avivamento no País de Gales. Ele
parece ter sido um verdadeiro estopim para algo que já estava operando de
maneira latente nos Estados Unidos. Por vários anos, já havia uma percepção
muitos irmãos, de que Deus estava para operar. Deus confirmou esses sentimentos
com um derramamento do Espírito. Em 1896, em um pequeno grupo na Carolina do
Norte, Deus abriu as janelas dos céus, e derramou o Seu Espírito o os cristãos
começaram a profetizar o a falar com outras línguas. Em 1901, Deus fez a mesma
coisa a um grupo de irmãos em Topeka, preparando o terreno para um grande
derramamento uns poucos anos depois.
EM 1906, em Los Angeles
durante os agora famosos da Rua Azuza, derramou o Seu Espírito de maneira
miraculosa. Como diz Frederick Bruner, “Nas reuniões da Rua Azuza, o movimento
Pentecostal pegou fogo. A sua chama foi aparentemente tão intensa, que foi
mantida, dentro de pouco tempo, ao redor de todo mundo. O incêndio varreu
primeiramente o próprio Estados Unidos”.
Foi um tremendo dia de
Pentecostes para a Igreja. Todos os avivamentos anteriores haviam tocado
principalmente no intelecto e no homem interior, sem nenhuma manifestação
exterior. Deus tem estado a lançar um alicerce de verdadeira e profunda
reverencia para com Ele próprio, sobre o qual Ele podia edificar verdadeira
alegria, manifesta exteriormente. Não há verdadeira alegria sem uma profunda
reverência para com Deus, Qualquer manifestação física sem esta profunda
reverência para com Deus é simplesmente uma carnal manifestação.
Quando Deus derramou o
Seu Espírito, os homens falaram em outras línguas e profetizaram, houve grande
comoção nos círculos de religiosos. Houve violenta reação contra tão grande
demonstração exterior de emoção. Talvez mais do que em qualquer, outra
visitarão, esses cristãos que haviam recebido o Batismo com o Espírito Santo
com a evidencia de falar em outras línguas foram perseguidos pelos outros
cristãos que não haviam recebido essa experiência. Aqueles
“faladores-em-línguas” foram excomungados de suas várias Igrejas, e sofreram
amarga oposição.
A doutrina central desse
movimento era o Batismo do Espírito Santo com a evidência de falar em línguas.
Um arcabouço escriturístico desta verdade deve incluir o seguinte:
a) Joel 2:28 – Os projetos de V. T. predisseram a vinda desta
experiência (Atos 2:16-18; Isaías 28:11, 12).
b) Mateus 3:16 – Foi proclamada por João Batista que fazia parte
do mistério de Jesus ministrar este Batismo com (Marcos 1:7,8; Lucas 3:16).
Algumas pessoas confundem este Batismo com o Espírito Santo com Batismo nas
águas. É interessante, que Jesus nunca batizou ninguém (João 4:1, 2).
Ele tinha um batismo diferente para ministrar.
c) Mateus 3:16 – O experimentou este revestimento depois do Seu
batismo no Rio Jordão (Marcos 1:9-11; Lucas 3:21, 22).
d) João 7:37-39 – O próprio Jesus predisse esta experiência
(Marcos 16:17).
e) Atos 2:1-13 – Os discípulos experimentaram o batismo do
Espírito Santo no dia de Pentecostes (veja Atos 1:8; Lucas 24:49).
f) Atos 3:38 - A mensagem deste batismo foi pregada pelos
apóstolos (Atos 2:38), e faz, portanto, parte da doutrina dos apóstolos
(Atos 2:45).
g) Atos 9:17, 18 – Paulo experimentou o Batismo do Espírito
Santo (ligue com I Coríntios 14:18).
h) Ele foi experimentado pelos samaritanos, pela
casa de Cornélio e os Efésios (Atos 8:14-18; 10:44-48; 19:1-6).
i)
Ele
deve ser experimentado hoje (Atos 2:38, 39; Marcos 16:17; Hebreus 13:8).
É perigoso quando começamos a “dispensacionalizar” porções das Escrituras.
j)
É o
sinal de pagamento de uma experiência ainda mais completa que está por vir (Efésios
1:13, 14).
k) É acompanhado por línguas (examine as
Escrituras em conexão com as letras e, g e h). Deus quer tomar o controle da
nossa língua, para controlar todo o vaso (Tiago 3:1-10). Ao mesmo tempo
ele quer que recebamos edificação, que não conseguiremos receber de qualquer
outra maneira (I Coríntios 14:4, 14,15; Efésios 6:18; Judas 20). As
línguas também são dadas para a intercessão espiritual (Romanos 8:26).
l)
Lucas
11:10-13 – Deus não faz acepção
de pessoas. O seu desejo é que todos os Seus filhos recebam este Dom. Como
qualquer outro Dom, dádiva ou presente, ele não é adquirido, mas é dado (Romanos
6:13).
m) Efésios 5:18 - É um mandamento do Senhor.
Com a vivificação da
verdade do batismo do Espírito Santo, surgiu também uma ênfase renovada nos
dons e nos frutos do Espírito. Os dons do Espírito são dados pela graça de
Deus, e o fruto é formado no caráter do cristão por um processo gradual. Ambos
se tornam mais evidentes na vida do crente que experimentou o Batismo do
Espírito.
Os dons do Espírito são
discutidos em profundidade em I Coríntios 12. Ali Paulo nos fala que há
diferentes espécies de dons, mas a mesmo Espírito está operando em todos eles (12:4).
Ele diz que há diferentes operações, mas é o mesmo Senhor (12:4), Além
disto, ele diz que uma manifestação do Espírito é dada a TODO homem para o
aproveitamento de todo o corpo (12:7). Ele continua relacionando os nove
dons, exortando-nos na operação destes dons, e em conclusão, exorta-nos a
desejar os dons espirituais (12:31).
Qual é o propósito de Deus no Seu procedimento para com a Igreja?
Deus não está procedendo
para com a Igreja desta maneira apenas porque não tem nada melhor que fazer.
Deus tem um plano glorioso que Ele está para elaborar, mediante os Seus
procedimentos para com o homem. Cada nova visitação nos leva um pouco mais
perto do produto final. Cada novo degrau ou porção de verdade nos leva ainda
mais perto daquela Igreja plenamente restaurada que será uma noiva adequada
para o Seu Filho. A Igreja de fato será uma ajudadora para o Filho de Deus. Ela
será uma Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante (Ef 5-7).
Deus vai ter uma Igreja
que estará à altura do padrão Divino. Ele terá uma noiva para o Seu Filho. É
por isto que é tão importante que escutemos atentamente o que Deus nos tem a
dizer nesta hora, pois isso nos levará mais perto do alvo final da Igreja de
Jesus Cristo. É triste dizer, mas muitos rejeitam os procedimentos de Deus e
perdem as bênçãos. Quando rejeitam o que Deus está dizendo, eles perdera de
vista o plano perfeita de Deus para eles.
Deus está operando pelo
Seu Espírito nestes dias. Ele está restaurando a verdade. E enquanto Ele
restaura a verdade em que a Igreja nunca andou, também adiciona profundamente
às coisas que já experimentamos. Muitos séculos atrás, Deus restaurou a Igreja
o batismo nas águas; não obstante, esta ainda adicionando profundidade a essa
experiência, à medida que Ele nos ensina acerca do Nome do Senhor Jesus Cristo
e a circuncisão do coração, Deus está avançando. O lugar mais segura e mais
glorioso é avançar com Ele!
Por
que há tantas Igrejas diferentes hoje em dia?
Quando temos um vislumbre do que Deus está fazendo,
em termos de Seu propósito eterno, não nos é difícil perceber porque há tantas
Igrejas hoje, em nossos dias. Esta é uma pergunta que é feita por multidões
hoje em dia. Para muitos, isso é uma pedra de tropeço para que aceitem o
Cristianismo. Mas à luz do que temos visto através da história de Igreja, a
resposta é evidente.
Sempre que Deus começa a
restaurar uma verdade perdida a Igreja, o povo de Deus tem pelo menos duas
reações. Algumas pessoas a aceitam, e outras a rejeitam. Foi isto que aconteceu
nos dias de Lutero. Deus desejava restaurar a justificação pela fé à Sua
Igreja. Algumas pessoas receberam alegremente a Palavra, e entraram na
experiência que Deus estava fazendo. Porém outros, infelizmente, rejeitaram a
operação de Deus, e continuaram em suas tradições.
“E não sede conformados com este mundo, mas
sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis
qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”. Rm 12:2.